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sexta-feira, 26 de junho de 2009

1994, 2002 e agora?

Nossa imprensa tem umas particularidades interessantes, principalmente a grande mídia brasileira. Até outro dia, por exemplo, o técnico Dunga era contestado nos programas esportivos, sua falta de experiência era tida como fator principal para o - até então - fracasso da seleção. Todos queriam a cabeça do pobre homem numa bandeja e já cogitavam outros nomes para a vaga.

Só que os meses foram se passando, os jogos se sucedendo e, junto com eles, o Brasil começou a ganhar mais partidas, inclusive contra grandes escretes mundiais, como Itália e Argentina. Pronto, agora o homem virou o gênio entre os técnicos, o verdadeiro conhecedor do futebol brasileiro, entre outros elogios...

Chega a ser engraçada essa mudança de postura dos jornalistas - não só esportivos, mas de todas as áreas. Como são maleáveis e prontos para uma mudança de rumo - e sem rumo. Hoje, no entanto, me prenderei a um fato curioso do técnico Dunga. Vamos a ele:

Sou muito crítico sobre o comando técnico da Seleção, além de quem está no comando da CBF (assunto para um dia de discussão e de inúmeros motivos). Penso que o anão Zangado (forma diferente de chamar nosso técnico) está sendo treinado por uma das maiores instituições do esporte mundial. Fora isso, não percebo a mão do simpático (sic) treinador na montagem do time dentro do campo. E aí mora a questão de hoje.

- Pode parecer absurdo, diria o amigo leitor, mas é isso mesmo. Não consigo ver nas quatro linhas um desenho tático determinado pelo treinador. Só para ilustrar, usarei dois exemplos: Muitos podem não gostar daquela Seleção Brasileira de 1994, montada pelo contestado técnico Parreira, mas, indiscutivelmente, aquele time tinha um jeito de jogar. Era nítido o esquema do Parreira, com muito toque de bola, bem armado taticamente e aproveitando o talento da dupla de ataque, Bebeto e, principalmente, Romário.

Além dessa equipe, em 2002 o Brasil foi pentacampeão tendo Felipão no comando. Mais uma vez, nossa seleção foi contestada, até pelo fato do treinador ter apostado no Ronaldo, que voltava de uma séria contusão e ter deixado no Brasil o baixinho Romário. Felipão conseguiu ganhar a confiança dos jogadores, montou uma equipe muito competitiva, com um bom sistema defensivo e com muita força, além dos talentos individuais de Ronaldinho e, principalmente, da dupla Rival e Ronaldo (artilheiro da Copa). A família Scolari estava formada e pronta para conquistar mais um título mundial.

E quanto ao cenário atual, o que podemos esperar dessa Seleção dunguista? Claro que Dunga tem suas qualidades, como por exemplo a disposição do grupo de jogadores em jogar com alma e total entrega pela seleção Brasileira. Estaríamos mais uma vez vendo nascer uma seleção controversa, mas com força para chegar ao título mundial? Sinceramente, não acredito. Não vejo um esquema definido pelo Dunga, não há jogadas ensaiadas dentro de campo, nem variações táticas. Penso que ele conta muito com os contra-ataques nos jogos contra as grandes seleções e com talento individual do jogador brasileiro. Mas, se o cenário é realmente esse, para que precisamos de técnico então? Basta apostarmos na alma e no habilidoso futebol canarinho.

Esse é o ponto. Ajudem a esclarecer esse blogueiro que não consegue enxergar um rumo vitorioso para a seleção dunguista. O que vocês imaginam? Estou sendo implicante com o treinador brasileiro? Me apontem um outro caminho que não consigo ver.

Um abraço e deixem seus comentários.

(Imagem retirada do site: http://elisalemos.com/images/papelaria/ilustracao/zangado.gif)

terça-feira, 23 de junho de 2009

Sonho?

Sabe quando você acorda assustado depois de um sonho terrível? Pois bem, foi assim que acordei hoje. Estava preenchendo uma ficha de emprego quando percebi que meu sobrenome havia mudado. Tomei um susto com essa novidade inexplicável, presente só mesmo num sonho. Meu nome não estava lá como antes, agora havia um acréscimo terrível: Depois do até então último nome, Gomes, foi acrescentado por minhas mãos involuntárias, um conhecido sobrenome: Sarney.

Fiquei impressionado. Veio-me na mente os atos secretos da vida, a atuação nebulosa no Senado Federal, os podres históricos de um homem historicamente (e, por que não, eternamente) lembrado por ser o presidente da democracia, o sucessor da ditadura militar. Nesse momento dei pulos involuntários no pequeno colchão que cobre minha cama. Ainda desacordado, me senti culpado por essa nova personalidade assumida, um legado para lá de complicado.

Tentei acordar, mas não foi possível. Nessas horas o sono é um castigo duro, digno de lamento. Corri pelo meu quarto de olhos fechados, buscava nas batidas que dava no armário, na cama, e na mesa um despertar dolorido; mas nada.

Busquei um pecado enorme que poderia ter feito para merecer tamanho castigo, só que não encontrei um sequer dessa magnitude. Jurei para mim mesmo que, caso o feitiço passasse, falaria aos meus pais no outro dia o quanto amo o nome que escolheram. Pensei em cada letra que forma o novo último nome; rezei.

Por um minuto viajei pelo Maranhão, sentindo o apontar dos dedos do povo simples em minha direção. Não queria fazer parte daquela culpa, mas era inevitável. A pobreza e o desmando daqueles lugares eram obra de pessoas que - agora - faziam parte de meu convívio.

Por alguns segundos, e mesmo por esses míseros momentos, mergulhei nos desmandos e no esconderijo de uma instituição Federal, tratada como o quintal de casa de minha família. Eram inúmeras acusações, enormes descasos, vergonhosas atitudes - tudo agora em minha direção.

Desviei dessas pedras institucionalizadas da grande mídia, quase me apoderei do discurso de meu novo brasão familiar. Se continuasse por mais alguns minutos, possivelmente me transformaria, de fato, no que temia.

Um forte clarão iluminou meu quarto - e minha alma. Acordei assustado e tentando entender o porquê daquilo tudo. Busquei rapidamente minha carteira na ânsia de conferir em meu documento de identidade meu verdadeiro ser. Estava lá, o meu nome terminava (só) em Gomes novamente.

Ufa! Atirei-me na cama. Respirei aliviado e quase peguei no sono. Nesse momento o sonho (pesadelo) voltou claro em minha mente. Tentei tirar um lado bom (sic) desse mistério: - Se eu tivesse esse sobrenome, não teria mais que procurar emprego. Bastaria enviar meus dados ao Senado e garantir uns míseros doze mil reais por mês. Nada mal. Êhh, Brasil! - ri envergonhado e dormi mais meia-hora.

domingo, 21 de junho de 2009

...

Escolhi que o Sol comandaria o dia de hoje. Acordei desconfiado de sua timidez, encoberto por nuvens grossas e desafiadoras. Desanimei e, por um momento perdi a fé em mim mesmo. Queria Sol, precisava dele. A temperatura era baixa, não passava dos treze graus, aqui dentro então... estava nublado.

Corri pelas ruas da cidade, camuflado num exercício físico, escondendo um verdadeiro desespero de quem sai sem um rumo pensado. Troquei passos descompassados, pulei buracos e desviei de carros. As buzinas não me atrapalhavam, eu não estava ali.

Mais tarde cheguei ao lugar de onde sai, era o retorno do contragosto inevitável, era a vida mostrando suas friezas perto dos sonhos inalcançáveis. Parei de sonhar naquele dia, não era mais necessário me esconder nessas nuvens imaginárias, a vida é mais dura e objetiva.

Desde então tenho uma grande camada de uma casca impenetrável, nem os sonhos mais comuns conseguem ultrapassar essa barreira. Formei uma trincheira entre o que sou e o que desejo, agora sou um sincero e desacreditado da vida. Sou aquilo que as coisas se mostram, não vejo além do horizonte.

Envelheci com esse processo, esse corpo jovem já não condiz com a alma grisalha. A juventude foi um sonho que passou sem piedade. Ela se foi e não deixou lembranças. Agora sou assim: opaco, triste e desocupado de mim mesmo.

Procuro me encontrar nas letras de livros de outros autores. Desespero nessa busca própria. Quem sabe não estou por aqui, nessas linhas castigadas, mas que, por algum motivo, formam e consolidam minha vida?!


Esse foi um desabafo de um Eu-lírico que se apossou de minha alma no teclar das letras.
Um abraço.


Imagem retirada do site: (https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbAXMjksbIMOg9ILt8YF0D05NSQ06n-uFBuXS_rBaf3nYoAjZB6gQxDUAtVlLBfw33jEFwx6d89JoK_22K0oKHEyX9dvkzKnSBY70h4DM5T63d17Pfmqya14z8W8m1c4zHC4GBvp1qcEs/s320/divagando.jpg)

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Páginas que virão.

Final do mês passado consegui um fato raro nesses 25 anos de vida. Concorri a um livro num programa de TV - Pontapé Inicial, da ESPN Brasil - e ganhei. (PALMAS!) É, isso mesmo, fui o contemplado com um exemplar do "A Minha Segunda Guerra", do baterista do Paralamas do Sucesso, João Barone. O livro chegou nessa última semana...mas, sei não, estou com receio de começar a leitura.

Não faça essa cara, eu também não sei por que eu ainda não comecei essa divertida história dessa grande figura do rock nacional - e reconhecido entendedor do assunto 2ª Guerra - mas o fato é que ainda não li nada.

O livro está aqui ao meu lado. Todo dia acordo e me deparo com sua bela capa escura me mirando de frente. Chamando para o combate? Pode ser, mas inexplicavelmente, corro da batalha. Claro que fiquei feliz com o presente, mas vai explicar...

O fato é o seguinte: Vou terminar esse pequeno texto no blog e cair de peito aberto nas páginas dessa Guerra. Façam suas apostas.

Pela primeira vez estou escrevendo sobre um livro que não li. Será bom? Será ruim? Só o tempo e o decorrer das páginas dirão. Mas não garanto que voltarei nesse blog para falar dele. Sei lá, talvez essa minha reação seja uma falta de experiência para lidar com prêmios - que caem do céu. Estranho para mim: Não comprei, não foi um presente, nem aluguei numa biblioteca; fui contemplado, simples assim.

Vou tentar me acostumar com isso, a Mega-Sena está acumulada e preciso aprender a lidar com prêmios. Deixa eu ir para as páginas de Guerra.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Animal X Homem? ou Animal = Homem?

Fico impressionado com o amor dos homens com os animais, especialmente com os cães. Como somos bons com esse sentimento, chega a me despertar algo de otimismo sobre a bondade humana, tamanho é o carinho e a dedicação aos simples animais. Vem logo a minha mente a questão: Se somos tão caridosos e carinhos com os bichos, por que não repetimos esses gestos com os semelhantes?

Está aí uma questão que parece tão simples, mas é tão complexa de ser respondida. Quantas vezes já não ouvimos coisas do tipo: “Prefiro meu cachorro, pelo menos ele não me abandona quando fico mais pobre (até concordo...rs) ou fragilizado”; ou, “pelo menos meu gato não discorda de mim, não fica me enchendo com seu falatório”; entre outras Expressões do tipo.

A tentativa de entender esse fenômeno foi despertada quando vi duas senhoras com seus cachorros travando o seguinte diálogo, na porta de uma lanchonete em Belo Horizonte:
- Ah, adoro a companhia do meu cachorro. Ele não me aborrece em nada - suspirou a primeira senhora.
- É verdade. Eles são muito mais companheiros que os homens - disse a segunda senhora com um discreto sorriso e segurando no colo seus dois cães de mesma raça.
- Com certeza. Esses seus dois cãezinhos formam um casal?
- NÃO! São pai e filho - disfarçou.
- Ah ta, bem que se parecem...

Por motivos pessoais e por educação (sic) não continuei ouvindo a conversa, mas tive uma vontade de interromper esse diálogo de forma abrupta e dizer:
- Eu ouvi bem ou vocês são apaixonadas por cachorros? Muito bem, parabéns pela atitude - tirando sorriso das simpáticas senhoras. Mas como pode alguém tão envolvida com os animais confundir pai e filho com um casa?! Realmente não entendo - nesse construção imaginária eu sairia de fininho...

Mas é isso, caros amigos, surge essa contradição do amor do homem pelo bicho - até superior ao amor ao semelhante - e a falta de conhecimento para identificar uma simples diferença sexual dos pobres animais.

Não sou contra em ter animas de estimação (claro que não) e acho, obviamente, que eles merecem todo cuidado e tratamento adequado, mas priorizo, fundamentalmente, o respeito mútuo dos homens. Isso falta demais hoje em dia. Talvez, e aí vai uma teoria da conspiração, estejamos canalizando para o lado errado nossas forças nos relacionamentos. Acredito na boa relação homem-bicho, só que cada um em seu lugar e com suas atenções proporcionais.

Ah, antes de terminar, no caso daquelas duas senhoras, também não consegui identificar o sexo dos dois cachorros, mas era nítido que um era mais velho que o outro. Nunca chamaria aqueles dois de casal, mesmo se eles fossem.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Rapidinha 3.

TERESÓPOLIS E SEUS VISITANTES.

A Seleção está em Teresópolis. É isso, mais uma estada na Serra para a equipe do professor/anão/zangado/dunga tentar um entrosamento para os dois próximos jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo. Enfrentaremos o Uruguai em Montevidéu e o Paraguai no Recife. Dois jogos difíceis, verdadeiras provas de fogo para o escrete canarinho.

CIDADES SEDES.

Todos acompanharam as escolhas das sedes da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. O que vocês acharam? Eu, particularmente, senti falta de Florianópolis entre as eleitas, mas... Trata-se de jogo político, claro. Está aberta a farra do dinheiro público na melhoria das sedes para a Copa. É agora que o seu, o meu, o nosso dinheiro vai rodar de mão em mão para "financiar" obras faraônicas.

MAIS UM ACIDENTE AÉREO.

Está na pauta dos grandes veículos de comunicação esse triste acidente envolvendo o avião da Air France. As notícias ainda são poucas sobre o verdadeiro motivo do sumiço da aeronave, mas é estranho o fato ocorrido. Com todo respeito as famílias das vítimas, me fez lembrar o seriado Lost, quando cai um avião e as pessoas não sabem aonde ele foi parar. É aguardar novas notícias...

FRIO DE LASCAR.

Ontem à noite eu voltava da casa da minha namorada e o termômetro da avenida da cidade marcava 12º. Impressionante o frio que fazia. Me fez lembrar da minha cama com as cobertas a minha espera... Que maravilha!

QUE CONFIANÇA TEM O RAPAZ!

O que falar do desempenho do Rubinho nesse campeonato da F1? Ele está guiando bem, tem um excelente carro nas mãos, mas continua sem conseguir superar o companheiro de equipe, Jason Button. Ele podia, ao menos, reconhecer essa superioridade, em vez de ficar prometendo vitórias e títulos mundias. Basta,né? Se bem que poucos acreditam nessas desgastadas palavras.

SUA RAPIDINHA.

Agora é com você. Deixe no comentário a sua rapidinha do momento, Ok? O que você tem para destacar?

Até a próxima.

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