Não há nenhuma novidade no que acabo de constatar, mas é algo que vale como reflexão, pelo menos: Agora mesmo que destilo o veneno por essas linhas, tenho - em outras abas do navegador - um jornal aberto, um site de um concurso que irei prestar, meu e-mail ansioso a espera de alguma novidade, além do twitter também logado e do msn que não para de ver novos usuários online, ocupados, ausentes... E eu aqui, no meio desse turbilhão de informações agindo como o ser mais tranquilo do mundo, concentrado que só eu...
Mas é interessante como nos adaptamos a essas novas formas de nos relacionar com as coisas e suas incansáveis novidades. Estamos sempre aptos para o novo, mesmo que para isso tenhamos que abdicar de velhos hábitos. O curioso é notar que a cada dia estamos expostos e dispostos a ocupar todos os nossos sentidos. Nesse momento, por exemplo, não paro no teclar das letras; minha vista mal pisca diante da claridade do monitor - e protegida pelos óculos; ouço o teclar das letras e a rádio CBN aberta em outra aba do navegador; só não há tempo para sentir cheiros e nem para tirar o amargor da boca. É muita coisa para uma pessoa só! Mas acredito que, aos poucos, as crianças vão nos superando nesses quesitos, o que não vem a ser uma qualidade, é verdade.
Se compararmos com as sensações que o livro proporciona(va), então... a internet e suas ferramentas são muito mais atraentes para mentes plugadas 24 horas no mundo tecnológico. O que dizer das simples folhas sem figura, que se sucedem num emaranhado de páginas de igual formato, mesmo tamanho de letra, sem um atrativo a mais, um plus que leve a outros mundo, como faz a internet - no livro nem há links para figuras, não é mesmo?
Tudo bem, os argumentos são fortes a favor do virtual, mas e se eu disser que prefiro o bom e velho amigo das páginas de papel. Crucificado serei? Pode ser, mas lá há um mundo imaginário a ser desvendado, inigualável no mundo colorido e ultra-pós-moderno do universo digital. Naquele livro com cheiro de guardado, há uma infinidade de possibilidades de uma mesma história. Cada um imagina seu personagem, cada um desenha seu cenário e imagina como o autor conseguiu pensar numa história tão bem bolada! Lá há espaço para devaneios incríveis - que esse que vos escreve tanto gosta, para uma fidelidade impossível de se encontrar nos mais criativos e atraentes sites.
Desculpem-me os que discordam dessas saudosas palavras - e fiquem à vontade para discordar, mas o que relato para vocês não é uma mágoa de quem vê seu amor envelhecendo e sendo subistituído por uma nova beldade escultural, trata-se apenas de um sentimento construído nesses um quarto de século de minha vida. Acredito no novo e na criatividade que a internet e suas ferramentas proporcionam, mas não abandono o velho estilo de inventar um mundo meu, por linhas de um outro autor. Há espaço para tudo e para todos. Fico por aqui com essas linhas digitais e volto ali para a mesa, me entregando àquele ópio de papel e linhas que precisa ser terminado de ser consumido.
(Não deixe de votar na enquete!)
Mas é interessante como nos adaptamos a essas novas formas de nos relacionar com as coisas e suas incansáveis novidades. Estamos sempre aptos para o novo, mesmo que para isso tenhamos que abdicar de velhos hábitos. O curioso é notar que a cada dia estamos expostos e dispostos a ocupar todos os nossos sentidos. Nesse momento, por exemplo, não paro no teclar das letras; minha vista mal pisca diante da claridade do monitor - e protegida pelos óculos; ouço o teclar das letras e a rádio CBN aberta em outra aba do navegador; só não há tempo para sentir cheiros e nem para tirar o amargor da boca. É muita coisa para uma pessoa só! Mas acredito que, aos poucos, as crianças vão nos superando nesses quesitos, o que não vem a ser uma qualidade, é verdade.
Se compararmos com as sensações que o livro proporciona(va), então... a internet e suas ferramentas são muito mais atraentes para mentes plugadas 24 horas no mundo tecnológico. O que dizer das simples folhas sem figura, que se sucedem num emaranhado de páginas de igual formato, mesmo tamanho de letra, sem um atrativo a mais, um plus que leve a outros mundo, como faz a internet - no livro nem há links para figuras, não é mesmo?
Tudo bem, os argumentos são fortes a favor do virtual, mas e se eu disser que prefiro o bom e velho amigo das páginas de papel. Crucificado serei? Pode ser, mas lá há um mundo imaginário a ser desvendado, inigualável no mundo colorido e ultra-pós-moderno do universo digital. Naquele livro com cheiro de guardado, há uma infinidade de possibilidades de uma mesma história. Cada um imagina seu personagem, cada um desenha seu cenário e imagina como o autor conseguiu pensar numa história tão bem bolada! Lá há espaço para devaneios incríveis - que esse que vos escreve tanto gosta, para uma fidelidade impossível de se encontrar nos mais criativos e atraentes sites.
Desculpem-me os que discordam dessas saudosas palavras - e fiquem à vontade para discordar, mas o que relato para vocês não é uma mágoa de quem vê seu amor envelhecendo e sendo subistituído por uma nova beldade escultural, trata-se apenas de um sentimento construído nesses um quarto de século de minha vida. Acredito no novo e na criatividade que a internet e suas ferramentas proporcionam, mas não abandono o velho estilo de inventar um mundo meu, por linhas de um outro autor. Há espaço para tudo e para todos. Fico por aqui com essas linhas digitais e volto ali para a mesa, me entregando àquele ópio de papel e linhas que precisa ser terminado de ser consumido.
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