Pages

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Páginas de papel e os sentidos.

Não há nenhuma novidade no que acabo de constatar, mas é algo que vale como reflexão, pelo menos: Agora mesmo que destilo o veneno por essas linhas, tenho - em outras abas do navegador - um jornal aberto, um site de um concurso que irei prestar, meu e-mail ansioso a espera de alguma novidade, além do twitter também logado e do msn que não para de ver novos usuários online, ocupados, ausentes... E eu aqui, no meio desse turbilhão de informações agindo como o ser mais tranquilo do mundo, concentrado que só eu...

Mas é interessante como nos adaptamos a essas novas formas de nos relacionar com as coisas e suas incansáveis novidades. Estamos sempre aptos para o novo, mesmo que para isso tenhamos que abdicar de velhos hábitos. O curioso é notar que a cada dia estamos expostos e dispostos a ocupar todos os nossos sentidos. Nesse momento, por exemplo, não paro no teclar das letras; minha vista mal pisca diante da claridade do monitor - e protegida pelos óculos; ouço o teclar das letras e a rádio CBN aberta em outra aba do navegador; só não há tempo para sentir cheiros e nem para tirar o amargor da boca. É muita coisa para uma pessoa só! Mas acredito que, aos poucos, as crianças vão nos superando nesses quesitos, o que não vem a ser uma qualidade, é verdade.

Se compararmos com as sensações que o livro proporciona(va), então... a internet e suas ferramentas são muito mais atraentes para mentes plugadas 24 horas no mundo tecnológico. O que dizer das simples folhas sem figura, que se sucedem num emaranhado de páginas de igual formato, mesmo tamanho de letra, sem um atrativo a mais, um plus que leve a outros mundo, como faz a internet - no livro nem há links para figuras, não é mesmo?

Tudo bem, os argumentos são fortes a favor do virtual, mas e se eu disser que prefiro o bom e velho amigo das páginas de papel. Crucificado serei? Pode ser, mas lá há um mundo imaginário a ser desvendado, inigualável no mundo colorido e ultra-pós-moderno do universo digital. Naquele livro com cheiro de guardado, há uma infinidade de possibilidades de uma mesma história. Cada um imagina seu personagem, cada um desenha seu cenário e imagina como o autor conseguiu pensar numa história tão bem bolada! Lá há espaço para devaneios incríveis - que esse que vos escreve tanto gosta, para uma fidelidade impossível de se encontrar nos mais criativos e atraentes sites.

Desculpem-me os que discordam dessas saudosas palavras - e fiquem à vontade para discordar, mas o que relato para vocês não é uma mágoa de quem vê seu amor envelhecendo e sendo subistituído por uma nova beldade escultural, trata-se apenas de um sentimento construído nesses um quarto de século de minha vida. Acredito no novo e na criatividade que a internet e suas ferramentas proporcionam, mas não abandono o velho estilo de inventar um mundo meu, por linhas de um outro autor. Há espaço para tudo e para todos. Fico por aqui com essas linhas digitais e volto ali para a mesa, me entregando àquele ópio de papel e linhas que precisa ser terminado de ser consumido.



(Não deixe de votar na enquete!)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Rapidinha 4.

EU DAQUI E O JORNAL DE LÁ...

O Jornal Nacional continua com sua enxurrada de péssimas notícias, violência pra cá, violência pra lá e vamos que vamos... Mas esse é o nosso país. Hoje mesmo, devido a essa loucura que a violência causa, fui despido dos metais que usava (chave e celular) para entrar no banco. Eu girava a porta, mas nada, ela travava. Passados alguns longos segundos consegui entrar na agência e quase tive que me lembrar o que iria fazer, pois estava desgastado daquele ritual. Fiz o que devia e fui embora. Nem mais uma cena de violência ou situação constrangedora até agora.

MUDANDO...

Curioso que abri essa página do blog para escrever sobre um livro que acabei de ler: Revolução dos Bichos, de George Orwell. Muito interessante e de fácil compreensão a maneira como leva para o mundo animal os vícios e os meandros do poder que fazem essa vida louca - de nós, humanos. Lá os porcos que dominam os outros animais. Porcos dominando? Bela reflexão, não?

ALÉM DISSO...

O livro foi escrito na década de 1940, mas é tão atual. Naquele momento o mundo vivia a 2ª Guerra Mundial. Guerra: palavrinha que nunca sai de moda.

MUDANDO DA ÁGUA PRO VINHO...

Ontem tive a oportunidade de assistir a pintura de gol do Adriano de perto. Pela primeira vez fui ver o Imperador no Maracanã e fiquei encantado com o GOL de craque que ele fez, bem ali na minha frente. Valeu o ingresso e foi como se vivesse, por alguns minutos, o antigo futebol arte brasileiro. O jogo terminou 3X0 para o Flamengo contra o Coritiba.

MARACUJÁ QUE VEIO E SE FOI...

Como passei mal na véspera do jogo... Nada relacionado ao futebol, ou a partida em si. Muito pelo contrário, foi simplesmente por uma caipirinha de Maracujá! De repente os Arcos da Lapa viraram seres animados na minha frente. Mas foi por causa da fruta. É, da fruta.

A ROTINA TE (ME) CANSA...

Tenho vindo no ESCONDERIJO menos do que gostaria. Estou tentando manter um bom rítmo de estudos para os concursos que se aproximam a galope. Nos momentos de descanso tento não entrar muito no mundo virtual, mas não abandonarei esse blog. Ele desafoga a mente cansada e faz falar uma alma fatigada de matérias burocráticas, mas necessárias. E, claro, nada melhor que ver os textos comentados por vocês. Continuarei por aqui, mesmo que para uma rápida escondida.

sábado, 12 de setembro de 2009

Pitbul no caminho.

Não sei se um pitbul é mais assustador com cara ao vento, e aqueles dentes prontos para o ataque, ou com uma focinheira bem tramada, daquelas típicas de filmes de terror, capaz de colocar medo em qualquer grande ser que se julga o mais macho.

Hoje eu descia calmamente pela rua de minha casa quando deparei com uma coisa - um cão, vamos lá - todo armado com sua terrível focinheira. Olha, a vontade era de falar para o dono: - Não tem como tirar esse troço da cara da criatura não? Mas não tive coragem e fiquei com medo dele se achar o dono do cachorro mais bravo do mundo, ou mandar-me para um lugar não muito aprazível.

Pois bem, continuei andando sem conseguir me desligar daquele animal. E o dono lá, de chinelo, sem camisa, como um simples mortal passeando com o totó de estimação de sua filinha. Deus me livre! Já pensou a criança brincando com o simpático bicho?! Também acho, é melhor nem pensar.

Então, como sempre, fiquei com aquela cena na mente e com o paradoxo que se formava... Como pode um animal usar um objeto para ficar menos violento, mais seguro para os outros cidadãos, mas, ao mesmo tempo, ter sua monstruosidade multiplicada por 20?! Não consigo entender, só pode ser coisa de um canto do mundo chamado Brasil (Será que nos outros países também é assim?). Mas não parei por aí: Para que uma empresa que fabrica focinheira (existe isso??) precisa caprichar no design assustador? Não faz sentido, ou estou passado demais para o mundo que se apresenta?

É a mesma coisa, concluo com toda minha ignorância, que uma empresa de capacetes fazer um design de um alvo com os seguintes dizeres: "Rubinho, asfalto, outros objetos e balas de plantão: mirem aqui!"



OBS.: Não deixe de votar na enquete.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Meu pátio, minha história.

Os carros enfileirados são como lembranças do passado. Cada modelo é o representante de um tempo e suas histórias, sua data de fabricação é seu número de identidade. Aquele lá, o FUSCA marrom é o mais velho de todos, remete-se ao tempo da ditadura. Veja como em sua lataria e nos detalhes o tempo foi cruel, como sofreu o coitado...

Olhando mais adiante, encontramos uma velha relíquia, aquele MONZA VERMELHO com fita verde e amarela amarrada na antena. Ele, apesar da idade, transborda jovialidade e não se cansa de repetir, através do ronco do seu motor, que fez parte do movimento das DIRETAS!

A história vai mudando o design dos veículo. Eles ganham em tecnologia e em modernidades diversas. Vejam o ar esportivo daquele ESCORT XR3-amarelo-conversível, todo exibido ali em cima. Teve que modificar o motor depois de ficar “sem voz” de tanto repetir em alto e bom som: “É Tetraaaa....”, em 1994. Mas não há arrependimento, há 24 anos o Brasil não ganhava uma Copa do Mundo.

Mas os anos pós-Tetra parecem passar - covardemente - mais rápido. Mal pude curtir a primeira geração do GOL-BOLA e os filhos, netos e bisnetos desse sucesso de vendas já rodam modernos e fogosos pelas ruas. Só que meu pátio imaginário continua cheio de relíquias apossadas por mim nesse meu poder de sonho. Ainda há TEMPRAS, de um luxo definidor que marcou época; CORSAS e sua capacidade de manter-se na ativa; HONDAS, mais que luxo e rompedor de um passado pacífico para um presente avassalador.

Todos esse veículos, e suas respectivas épocas, são apenas uma construção histórica do período em que nasci, que acompanhei de fato os fatos, e que perdura até hoje, com toda essa vida agitada - que mal cabe em 24 horas.

Esse luxuoso (mais de lembranças pessoais que em valores) pátio não existe de verdade, não possuo esse poder financeiro de colecionar ícones de épocas que retrataram momentos marcantes. No entanto, em minha memória, cada peça desse museu tem valor inegociável. São relíquias que me formaram e me formam, tendo como único preço o tempo, que cobra caro e passa sem piedade.

(Imagem retirada do site: http://www.sunstartoys.com/uploads/image/4971.jpg)

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Eu voltei...

Saio do ostracismo para retornar ao mundo dos vivos, a internet. Depois de longo período de flagelado sem-teto-digital agora volto a fazer parte do sistema, a voltar para a estatística da grande rede. Tudo bem que esse período foi de grande desintoxicação desse meio viciante, de investimento total aos estudos, ao namoro, à família e a alguns (muitos) jogos na ESPN Brasil.

Prometo, e repito esse compromisso em bom som, manter os rítmo desses investimentos - tudo bem, prometo também ver um pouco menos de jogos dos ótimos campeonatos pelo mundo. Mas, enfim, retornarei a esse altar, reciclado e com objetivos a serem alcançados, em breve.

Bom, voltando a vaca fria, como dizia uma querida professora, estou curtindo até agora o novo layout do meu blog. Coloquei aquela enquete ali ao lado para ter um temômetro do que vocês estão achando. Os votos não foram muitos até o momento, mas o resultado parcial vem de encontro com meu gosto. Não deixem de votar.

*************
Acho interessante como as coisas vão ganhando corpo com rapidez na internet. Enquanto eu vivia de sem-teto-digital, o twitter ficou tão forte que voltei encontrando com amigos que por lá me descobriram. Por sinal, quem quiser me encontrar, é só procurar por "carlinhoshorta".

Por hoje é isso, deixem seus comentários e retornem mais vezes a esse conhecido esconderijo.

Fui.

Pessoas pelo mundo que passaram por aqui:

Total de visualizações de página

Facebook