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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Nascendo um (nosso) texto...

- Diga que saí, não atenderei ninguém hoje - disse, fechando a porta do escritório.
- Aí, aí, aí, lá vou eu ter que mentir de novo; não nasci para isso - pensou a funcionária, desanimada...
Tudo bem que era só uma mentirinha boba, dessas que falamos aos montes durante um dia, mas para ela era muito. Rosa era assim, dessas senhorinhas de aparência agradável, cara de avó maternal, e de um coração enorme. Tinha - como todos seres de carne e osso - lá seus defeitos, mas mentir era uma tarefa árdua, "um exercício só admitido em casos profissionais" - costumava dizer ao marido

Sentou em sua cadeira, abriu a agenda para atualizar algumas visitas, quando o telefone tocou:
- Escritório Silva Jardim, boa tarde - disse uma concentrada Rosa.
- Boa tarde, senhora, por favor, poderia falar com a Doutora Fátima? - perguntou uma voz desconhecida.
- Doutora Fátima - repetiu Rosa, tentando ganhar tempo - sinto muito, mas ela não se encontra. O senhor quer deixar algum recado?
- Hum, eu precisava muito falar com ela, é urgente! - enfatizou.
Rosa ficou muda, colocou a mão esquerda sobre a testa e fixou o olhar na porta da sala da Doutora Fátima. "E agora, meu Deus, - pensou, indecisa - O que eu faço?".

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Bom, caros amigos, essa história invadiu-me e precisa de uma continuação, ou um desfecho. Só que, dessa vez, quero que vocês me ajudem a redigir essa simples vida da dona Rosa e suas atitudes. Vamos lá, deixem seus pitacos nos comentários. Como continua a história? O que fará Rosa? Hein? Hein? Aguardo a opinião dos amigos para dar continuidade ao nosso conto. Vamos lá!

domingo, 30 de maio de 2010

Chapinha na mochila.

É amigos, não estranhem o título do post de hoje, é isso mesmo que vocês leram: Chapinha na mochila. 

Os anos vão passando, vamos envelhecendo e ficamos, cada dia mais, surpresos com as novidades da molecada. Outro dia eu voltava para minha casa do cursinho, de ônibus e, para variar e pelo tenso horário, o ônibus estava lotado de crianças indo para suas escolas. Fiquei ali na minha, sentado no fundão, mas só prestando atenção na conversa de duas meninas que aparentavam ter, no máximo, quinze anos. Uma delas, a mais bonitinha - mas bem metidinha (desculpem o pré-conceito, mas não consigo definir de outra maneira) - portava uma mochila enorme, quase do tamanho dela, e socada de objetos que (imaginei) fossem material de escola. 

Até aí tudo normal, papos de criança mesmo, coisas sobre os meninos da sala, sobre o celular novo..., até que a figurinha brada com todo pulmão: - Trouxe minha chapinha na mochila. Vou aproveitar que a gente vai chegar um pouco mais cedo para arrumar o cabelo no banheiro da escola.
- O que? - perguntei para mim mesmo. Fiquei assustado com o desenrolar da conversa: As duas ali, na maior naturalidade falando da esperteza de uma estar portando a tão sonhada chapinha de cabelo. Como as coisas estão mudadas!!

Tentei puxar na minha memória o tempo que eu tinha quinze anos. Puxa, minha vida se restringia ao colégio, muito futebol e umas (não muitas) paqueradas na escola. Até as meninas da minha sala, já se assanhando pela prenúncio de uma adolescência, não tinham aquele comportamento tão fútil, tão sem conteúdo, tão vazio.

Tudo bem, uns podem me chamar de velho, de conservador e até de preconceituoso, mas, para mim, não é algo natural uma criança de quinze anos levar chapinha para a escola. Vejam, caros amigos, como os valores estão distorcidos! Que adulto se tornará essa menina? Que importância ela dará a sua família, seu trabalho, seus amigos? Será ela uma vítima do nosso mundo cego pelo consumo, onde o que serve e quem serve é aquele que pode ter as coisas, ou parecer ter as coisas? 

Essas perguntas invadiram minha mente quando desci no meu ponto. Olhei com certa pena aquela menina indo embora dentro do ônibus. Fiquei pensando nos pais dela, no que ela tem, de fato como algo a ser valorizado na vida. Será exagero meu, meus caros?

Tive muita vontade de conversar com ela, perguntar o que de fato ela acha relevante? Qual a escala de importância em ter um celular de ponta, e cultivar uma amizade verdadeira?! Mas, claro, ainda não cheguei nesse estágio de insanidade. Fiquei assustado, confesso! As coisas materiais e os relacionamentos descartáveis estão tomando lugar de laços de verdade. Tudo se resume a nossa (horrível) lógica do consumo: - Compramos o aparelho mais moderno para sermos reconhecidos como parte de um grupo e utilizamos aquele objeto até que ele perca seu status. Em seguida, descartamos o aparelho substituindo-o por outro. 

Essa é a lógica do consumo! O pior, no entanto, é quando essa lógica começa a valer também para as relações pessoais: - Utilizamos (as vezes de forma inconsciente) a pessoa (ou grupo de pessoas) até achar outra (outras) mais interessante(s), descartamos a anterior e entramos novamente nesse triste ciclo de relações superficiais. E assim vamos descartando, não só os relacionamentos, como também nossas próprias vidas. E experiências verdadeiras e marcantes deixam de ser vividas, tudo em nome dessa futilidade contagiante.

(Imagem retirada do site: http://www.jjcabeleireiros.com.br/uploaded_images/chapinha-cabelo-taiff-760987.jpg)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Dando o recado.

Bom povo, como vocês podem perceber, o Escondidin está parado desde o dia 9 de maio (último post). O fato é que ando muito atolado com estudos e outros projetos. Mas não esqueci de vocês, muito menos desse espaço tão cativo desses dedos inquietos. Logo-logo volto a dar um recado por essas bandas e aguardarei, como sempre, os comentários de todos.

Então é isso, a Copa do Mundo se aproxima. Vamos ficar de olho na Seleção Brasileira, comandada pelo "simpático" (ah, não) Dunga.

Fiquem à vontade para comentar.

domingo, 9 de maio de 2010

Mais do mesmo: CB (Campeonato Brasileiro) 2010. (Emílio Lanna)

Hoje que dá o recado é o meu grande amigo Emílio Lanna.
 
E começou mais um ano de futebol brasileiro. O futebol maroto, o futebol moleque, o futebol que dá gosto de ver. Dá gosto? Eu particularmente continuo achando o Campeonato Brasileiro um campeonato bastante interessante. Não aqueles enlatados ingleses onde o gol só acontece de cabeça ou após um pique de um ótimo e muitíssimo bem pago atleta. No Brasil ainda residem os jogadores de futebol, e não os atletas de futebol. Mas não é sobre isso que eu quero falar.

Quero falar sobre essa estrutura que vem sendo o CB há alguns anos. Campeonato de pontos corridos. Eu particularmente gosto e acho justo um campeonato organizado dessa forma. Esse tipo de campeonato premia o time mais constante e não o que cresce no momento da decisão. E nesse tipo de campeonato, cada ponto é um ponto importante. Cada empate que o time consegue fora de casa vai fazer diferença lá pra dezembro, quando estarão separando os times que vão pra Libertadores, Sulamericana, os que não fedem nem cheiram e os que vão amargurar a segunda divisão em 2011. E se preparem pra ouvir as reclamações de que o roubo do juíz influenciou no resultado e meu time não vai mais disputar a libertadores. Aquele time ta comprando os resultados. O meu time esteve focado em outra competição.


E é exatamente onde eu queria chegar. Primeira rodada começou hoje. Pelo que eu sei, São Paulo, Flamengo, Cruzeiro, Internacional, Santos, Grêmio e provavelmente mais alguns times estão jogando com times "mixtos" e será assim até eles terminarem as outras competições. Ai depois a torcida e os jogadores ficam se perguntando, cadê aquele ponto que tá faltando pra gente chegar ao título? Foi perdido agora no começo!!! Taí a resposta! Campeonato de pontos corridos começa no primeiro jogo. Os times e os torcedores brasileiros tem que se acostumar com isso. 3 pontos nesse fim de semana são mais do que o suficiente para colocar  um time na libertadores ou dar o título pra eles.


Abraços a todos!

Voltamos a nos falar em Dezembro, quando eu provavelmente vou dizer: "Eu falei... eu falei..." hahahah

(Emílio Lanna).

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Um ex-texto e a postagem 150.


Povo, sem brincadeira, acabei de apagar um texto gigante (5 parágrafos), desses enormes mesmos, que nos assustam na hora de reler. Mas sei lá, não fazia muito sentido, estava mal escrito, confuso. Então apaguei. Eu falava da capacidade de fazer muitas coisas ao mesmo tempo e blá-blá,blá... Mas não sei se é por que hoje é sexta-feira, ou  por qualquer outro motivo, sei que apaguei as várias palavras que formavam aquele monstro - criado por mim, confesso!

Então, para não perder o tempo de ninguém, e para não fazer que vocês fiquem lendo algo sobre uma coisa que vocês não leram (confuso isso, hein?), resolvi terminar por aqui mesmo. Peço licença aos nobres leitores e vou por ali para tomar uma cerveja com um amigo. Pronto, tudo em pratos limpos, sem texto mal escrito, sem enrolação. Um brinde aos amigos e um ótimo fim de semana, principalmente para as mães!

Ah, só para não passar batido, esse é o post de número 150! O que isso significa?

Sei lá, acho que nada - mas mantenho o brinde assim mesmo!

Até a próxima.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Libertadores e o pitaco dos leitores.

No universo dos quinze leitores que se escondem por aqui, vocês podem perceber como ficou a votação sobre qual time brasileiro terá mais sucesso na Libertadores?! Flamengo, Cruzeiro e São Paulo levaram vantagem, com 4 votos cada; contra 2 votos para o Corinthians e 1 para o Internacional.

Como todos sabem, só o Corinthians já não luta mais pelo título sulamericano, após a eliminação diante do Flamengo - o Internacional acabou de se classificar. Agora é ver como será a sequência da competição...

Gostei muito, porque a enquete ficou por sete dias no blog e recebeu uma média de, aproximadamente, 2 votos por dia - o que é um luxo para esse modesto blog.

Daqui a pouco trago novas enquetes e também aceito sugestões dos amigos.

Ah, e claro, quando menos se esperar, um novo texto virá se acomodar por essas bandas.

Até mais e comentem à vontade.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

...crescendo...

É curioso constatar como o amadurecimento é um caminho sem volta. Mas digo isso no sentido mais positivo do termo. Tirar lições de momentos difíceis, aprender com os problemas e percalços que a vida nos apresenta é inevitável e essencial para o crescimento.

Curioso: as vezes, no meio do olho do furacão, sofrendo por qualquer problema é que nos deparamos com forças interiores que, muitas vezes, jurávamos não ter. Esses momentos agudos de dor - as vezes durando algumas semanas ou meses - nos trazem lições mais definitivas do que anos vivendo na normalidade, com poucos obstáculos; tudo “controlado”.

E vamos aprendendo e amadurecendo sem perceber muito bem. O lado de dentro do ser humano vai sendo mudado pelos acontecimentos e, muitas vezes, não temos tempo (ou não queremos) para enxergar essas mudanças.

Lógico que seria mais fácil aprender as mesmas coisas nos momentos bons, como que nos alertando que não precisamos da dor para aprender isso tudo. Mas não, isso é impossível... Nas dificuldades é que lutamos fortemente para manter a rotina mais simples, para continuarmos olhando adiante para aquela luz que não se apaga.

O que se leva disso tudo? Nosso passado é definitivo, mas nosso presente e nosso futuro dependem dos passos que damos. E, para aqueles que acreditam em Deus (algo maior), como eu, há coisas no mundo que só Ele pode explicar. Mas, é claro, que as chaves do futuro também dependem das nossas escolhas.

Além disso, e para encerrar nosso bate-papo, como é bom ter amigos nesses momentos de dor. Eles funcionam como grandes molas de incentivo, não nos deixando ir ao chão, mesmo quando parece inevitável. Quem tem amigos de verdade entende essa relação (nisso eu sou um sortudo!). É dedicação - cada um de sua maneira - para toda hora.

E, como diz a música Mar de Gente, do Rappa:

“Brindo a casa,
Brindo a vida,
Meus amores,
Minha família”.

Amigos que se escondem por aqui, não deixem de comentar.


(Imagem retirada do site: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3-ob-xgjgSPaBTN11AulllvsHs_P-JfJGqlIZefepopJmGAQ5k4a3MUa2GjDteK3vtUvta01r80xUKyAa2xTqyPgsDmKwNrp_kr9E2PTeMzFUKZZHLuGPttG87TOGyIvYbEbX_2umlGc/s660/corrente-amizade.jpg)

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