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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Homenagem - tio Assis.

As cortinas se fecham no campo da inspiração e do incentivo desse blog. Aquele que mais deu força e mostrou satisfação em ler essas linhas não está mais entre nós. É nesse difícil momento de despedida que esperei as palavras se manifestarem para prestar uma homenagem mais do que merecida.

Assis era tio, professor e verdadeiro admirador da literatura e do fantástico mundo das letras. Agora que o céu - azul celeste como seu Cruzeiro - recebe esse novo integrante, nós, aqui da Terra e simples seres escondidos nesse blog paramos para dizer um adeus dolorido, mas aguerrido como Assis, que bradou lutas louváveis pela vida, sendo um vitorioso mesmo em seu momento de sair de cena.

Escrever essas linhas sem emoção é impossível. Mãos, músculos e mente - todos trêmulos - são inevitavelmente reflexos dessa perda. Fiquei refletindo por esses dias qual seria a graça de manter o ESCONDIDIN tendo a certeza que não teria o comentário do tio Assis nos textos. Fiz ponderações, pensei em encerrar o blog, mas resolvi, enfim, que irei continuar escrevendo nesse espaço - até o momento que achar necessário ou que achar que ainda tenho gás.

Não mudarei meu foco de inspiração. Sei que não receberei os ansiosos comentários do tio Assis pedindo a continuação da história, ou cobrando um texto novo devido ao espaçado tempo sem publicações. Mas agora escreverei guiado por aquela estrela que surgiu no céu. Vejo-a nesse momento enquanto escrevo. Ela brilha, ela é nova e parece torcer de fato por cada letra que sai desses dedos inquietos.

Agora a estrela, azul como seu coração, tio, servirá de guia para os meus passos, para minha permanência nesse meio das palavras. Cada ponto final, cada encerramento de um texto terá uma dedicatória implícita a você. Seremos confidentes e companheiros das linhas que vão nascendo impensadas, das histórias que vão surgindo em cada dia.

O caminhar dos dias sempre será acompanhado por um vazio difícil de se superar. Mas esse vazio, cruel e inevitável, será suprido por essa certeza da bênção, do sorriso mineiro de quem não precisa dizer para mostrar que aprovou.

Um dia você falou: “Escreve mais que está interessante“. Hoje eu respondo, tio: “Escrevo sim, com sua companhia e sua bênção aí do céu”.

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