Corri para ver o estrondo. Era tarde da noite, mas só eu acordei. Devia ser uma batida de carro, ou algum despencar de um objeto absurdamente pesado. Só que nada vi. Voltei para a cama e tentei dormir apressado, sentia-me testemunha de um caso complexo. O sono fugiu por completo, deixou-me sozinho, aflito. Apertava os olhos e nada. Ameacei uma oração, mas não havia concentração para isso. Sentei na cama procurando com os ouvidos novos acontecimentos. Um carro apressado - e velho - passou fazendo muito barulho, deitei. Uma música na cabeça, catarolei e sorri para o nada. O que era aquilo?
Os olhos ardiam de sono, a mente trabalhava como cedo. Era uma incompatibilidade intrigante, olhos e mente lutavam em meu corpo. Fiquei refém desse duelo, não tinha escapatória. Depois de muitas lutas e batalhas vencidas pelos dois lados, dormi. Olhos cansados não testemunhavam mais nada; mente recarregando enquanto os sonhos fazinham seu trabalho - fuzilando meu corpo.
Lá fora - na rua - o mundo continuava como sempre, rua vazia, barulho do vento...
Acordei pela manhã, bem tarde, não me lembro a hora. Estava cansado, a cabeça pesava, tudo resultado de um dia de batalhas. Tentei recordar o que havia acontecido, porém não adiantava. Lavei o rosto e lembrei do meu sonho: Eu navegava por uma calmaria no oceano, só que estava sozinho e numa grande lancha. Esse foi o meu sonho, longas horas de solitária viagem. Tempo suficiente para repensar na imensidão do mar, minha vida.
Fui tomar café com aquilo na cabeça. Na próxima noite - pensei - quero ter o mesmo sonho, no entanto, colocaria pessoas fundamentais no meu barco. Esse barco, por sinal, não seria mais uma grande e veloz lancha, mas sim, um simples veleiro, capaz de navegar um pouco mais devagar na imensidão...Aproveitar a viagem sem pressa de chegar a lugar algum.
Os olhos ardiam de sono, a mente trabalhava como cedo. Era uma incompatibilidade intrigante, olhos e mente lutavam em meu corpo. Fiquei refém desse duelo, não tinha escapatória. Depois de muitas lutas e batalhas vencidas pelos dois lados, dormi. Olhos cansados não testemunhavam mais nada; mente recarregando enquanto os sonhos fazinham seu trabalho - fuzilando meu corpo.
Lá fora - na rua - o mundo continuava como sempre, rua vazia, barulho do vento...
Acordei pela manhã, bem tarde, não me lembro a hora. Estava cansado, a cabeça pesava, tudo resultado de um dia de batalhas. Tentei recordar o que havia acontecido, porém não adiantava. Lavei o rosto e lembrei do meu sonho: Eu navegava por uma calmaria no oceano, só que estava sozinho e numa grande lancha. Esse foi o meu sonho, longas horas de solitária viagem. Tempo suficiente para repensar na imensidão do mar, minha vida.
Fui tomar café com aquilo na cabeça. Na próxima noite - pensei - quero ter o mesmo sonho, no entanto, colocaria pessoas fundamentais no meu barco. Esse barco, por sinal, não seria mais uma grande e veloz lancha, mas sim, um simples veleiro, capaz de navegar um pouco mais devagar na imensidão...Aproveitar a viagem sem pressa de chegar a lugar algum.