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terça-feira, 1 de julho de 2008

Texto 40.

Minha mente negocia com as palavras na busca do melhor encaixe, a melhor alternativa que dê sentido ao que está sendo escrito.
Os olhos observam - fixamente - os dedos inquietos sobre o teclado. A construção vai evoluindo, ganhando forma...
Chega um determinado momento que a impressão é que texto já não precisa mais de mim, sozinho vai falando por si mesmo, viro um mero canal.
Parece que, em muitos casos, há palavras que são a única chave para transpor àquela porta - a resolução perfeita que separa o bom do ruim. Quando se acha esta dose correta, o coração palpita mais forte, surpreso.
Lógico que muitas vezes (ou seria a maioria das vezes?) me perco nas idéias e nas palavras; aí não tem jeito, para voltar e começar de novo é um problema... Por isso prefiro continuar, mesmo desaprovando a criatura que vai nascendo.
De uma coisa não posso fugir, lá no final a assinatura é minha. Isso é um problema: feio ou bonito, o filho (o texto) é meu! Então não tem nem como depositar a culpa na inspiração, na pressa, no medo de me aprofundar (ou não) no assunto, nas palavras que vão saindo quase que involuntariamente e alguns eticetaras mais.
Levanto o braço - discretamente - e digo:
- O texto é meu mesmo. Ficou ruim?
Aí já é com vocês.

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