Num desses momentos que nos pegamos pensando em coisas que simplesmente surgem em nossa mente - sem nenhuma conexão com o que estamos fazendo no momento - tive uma percepção que gostaria de compartilhar com vocês.
Alguém já parou pra pensar em como que a existência dos museus é um fato curioso, que nem percebemos?
Pois vejamos: Junta-se, num ambiente apropriado, peças, fotos, vestimentas e mais inúmeros objetos possuidores de alguma importância histórica. Afinal, é a partir dessa construção que um determinado fato ou objeto passa a ser digno de sair de um fundo de um casebre, para brilhar como estrela num museu.
É uma transformação feita pelo homem. Nós, seres mortais e conscientes (sic!), determinamos que tal material merece uma proteção e um destaque divinal.
Expomos tudo isso num ambiente propício, simetricamente projetado para dar vida àquelas estrelas e ser percorrido por inúmeras pessoas ávidas em conhecer mais do passado.
Além de toda essa montagem humana, a essas peças são atribuídas altas cifras mercadológicas. É nesse momento que, para esse pobre blogueiro, as coisas começam a se confundir.
Quando um objeto (como um quadro, por exemplo) recebe determinado valor, os holofotes históricos passam a escoltá-lo até que seja vendido e outra peça venha tomar o seu lugar - embaixo das luzes do business (evito essas palavras, mas hoje não tive como escapar!) museológico.
Não tenho dúvidas quanto a associar o valor da peça com seu valor histórico. Essa compra mais cara irá ser capa de revista, receberá destaque nos jornais televisivos e povoará as próximas edições dos livros escolares.
E lá está - caro amigo leitor - mais uma vez o dinheiro e o lucro construindo a história. Enquanto isso, um brilhante quadro está sendo terminado no interior de um país qualquer do mundo. Ele pode até ser o mais lindo de todo os tempos, mas, se não entrar na roda viva do sistema financeira, jamais sairá daquele casebre, onde habita um desconhecido gênio da arte.
14 comentários:
uull
viajei...
hahaha
legal, acho q vc vai gostar desse blog http://raulmas.blogspot.com/
eh de um amigo meu..
te o meu tbm
www.cobaiasdocongresso.blogspot.com
Há casos em que a arte não está num museu, mas à vista, à disposição... Já ouviu falar do profeta gentileza? fora as impressionantes e numerosas intervenções urbanas que se tornaram comuns nas grandes cidades...
O conceito de arte já foi motivo de discussões acaloradas entre teóricos da comunicação, sobretudo pela Escola de Frankfurt. Para eles, somente a arte poderia curar a arte da barbárie, conceito considerado hoje limitado, tradicional e idealista, pois conaiderava apenas a chamada "arte clássica" da literatura e dos museus.
Mas esse tradicionalismo continua, claro, com pincéis mais voltados ao mercado. Recentemente, um sujeito optou por expor suas obras de arte num leilão ao invés de colocá-las em uma galeria. É um capital nortendo de vez a veia criativa dos artistas.
Bélissimo blog, vou adicionar aqui nos meus favoritos e voltarei sempre
lol
Arte, Arte...
Sou artista que não cria arte. Deixo-a se libertar... apenas!
http://visaocontraria.blogspot.com/
euu odeioo artee odiava educação artistica na escolaa husauhashsa
mais ta muito bunito seu blog
beijoss =*
NOSSA perfeito, parabéns concordo contigo, deveriam dar mais atenção a arte, o museu é uma forma de todos conhecerem obras de milhares de anos, vende-las simplesmente causa a " morte " da arte, bom simplesmente adorei ! Parabéns !
Beijo
É sem dúvida alguma o valor comercial de um museu, ou de suas peças vem do valor histórico da peça, seria mto importante ter museus, mesmo que com replicas, mas a ideia é difundir a cultura
O que falaar?!
Sem palavras..
:D
hahahah
confesso que nao gosto de museus...
mas de fato comecei a mudar minha opniao sobre a existencia deles
;*
É realmente é interessante esse mundo de museus.
SE pensarmos que o dinheiro escolta a arte é ser otimista, mas também priva os olhos mais humildes
mtu bacana o seu texto.
isso reflete o mundo capitalista em q vivemos amiga....
http://misscrazylove.blogspot.com/
Dinheiro anda comprando tudo,não entendo bem como coisas impagáveis são vendidas.
Realmente,não consigo entender.
Adorei como você abordou o assunto,e adorei teu blog.
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