Agora estou aqui, sentado de frente para esses papéis que formam um quebra-cabeça de minhas palavras. Não são muitos, não são poucos; mas são meus papéis. Juntos, formam o DNA de minha alma literária, tão defeituosa, como carregada de vícios de linguagem; só que repleto de uma verdade buscada na alma, como um número de um código de barra único e determinador.
Por alguns momentos duvido de minhas próprias linhas, não creio no que se constrói e se reconstrói à minha revelia. Nesses momentos, viro um passageiro do meu próprio texto, sei qual o destino ele irá tomar, mas sou incapaz de controlar o trajeto que ele faz. E, como um mero observador de minhas idéias, vou acompanhando cada construção de pensamento pelas linhas que se sucedem, assim como um girassol segue o Sol em seu movimento.
Ao fim da jornada, fico imaginando que aqui ou ali o texto poderia ser modificado, enriquecido com outras palavras e idéias que ficaram a deriva. Mas, como afirmei, não tenho a força de mudar o sinuoso trajeto dessa construção.
Mais uma vez leio todo seu conteúdo antes de descobrir o título a ser colocado - pois título não se escolhe, ele já existe e só precisa ser desvendado. Pronto, agora já está terminado. Vou assinar meu nome aqui embaixo, antes que eu descubra que essas linhas já não são mais minhas, pois sou apenas um canal entre os mundos das letras e o papel em branco.
Mais uma vez leio todo seu conteúdo antes de descobrir o título a ser colocado - pois título não se escolhe, ele já existe e só precisa ser desvendado. Pronto, agora já está terminado. Vou assinar meu nome aqui embaixo, antes que eu descubra que essas linhas já não são mais minhas, pois sou apenas um canal entre os mundos das letras e o papel em branco.
Carlinhos Horta.
(Imagem retirada do site:http://www.baixaki.com.br/imagens/wpapers/BXK1271_tremCuritibaMorretes800.jpg).
(Imagem retirada do site:http://www.baixaki.com.br/imagens/wpapers/BXK1271_tremCuritibaMorretes800.jpg).
11 comentários:
O texto é mais metalinguistico do que propriamente uma historia ou conto, mas ainda sim é precioso pois demonstra a veia poética do autor e uma progressao de raciocinio bem cativante.
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www.portalmeira.com
Nossa!!! Texto bem produzido, idéias realistas, às vezes fico em frente a folha do meu caderno tentando escrever algum Poema, mas em alguns fico em dúvida se realmente ficou bem!!! O teu está otimo!!!
http://poemasgoticos.blog.oi.com.br
texto criativo com um pitada de descoper
bem interesante nao é visto muito mais e muito bom
http://teoriadopensador.blogspot.com/2009/05/mudancas.html
O texto é lindo, e em uma coisa eu concordo - textos se escrevem por si só, logo não temos poder de mudá-los. Somos meros canais para escrevê-los.
O texto e bem maneiro sim!!!
Ai amigo vc naum quer uma parceria com o meu blog naum?
se quiser ai plinibianchini@oi.com.br
"E, como um mero observador de minhas idéias, vou acompanhando cada construção de pensamento pelas linhas que se sucedem"
Acontece sempre comigo e por ultimo, também, escolho o título.
PS:Valeu pelo coment no meu blog.Expus porque precisava falar aquilo e não sabia como.Não quero amor, acho que é mal.
Já estava reclamando falta de novo texto. Valeu pela espera. Há muito não vejo uma metalinguagem tão bem aplicada.
Parabéns. continue assim.
meu abraço.
Olá Carlinhos.
Por incrível que possa parecer, esse sensação de impotência ao que se vai escrevendo, é simplesmente maravilhosa.
Belo texto. Inspiração, hein?
Um abraço.
www.terapiadecutuvelo.blogspot.com
Muito bom o texto! Bem escrito, bem contado e sem sair da realidade, o que eu acho muito interessante! parabéns!
simplesmente perfeito!
sem palavras *_*
Parabens. Um texto muito bem elaborado e cheio de pluralismos. Enriquecedor.
Sucesso.
www.blogdobrazileiro.blogspot.com
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