Ele não conseguia agradecer mais. Tornara-se um homem amargo, calejado pela força e dureza da vida. Não tinha mais objetivos pessoais, sua família o abandonou, suas filhas não o procuravam, seu amigos (que amigos?) sumiram.
Restava a ele manter aquele pequeno barraco, com um simples cômodo para móveis que não viriam mais. A companheira e paciente ouvinte era a cachorra Leca, uma vira-lata deixada pelas crianças - posta de lado, assim como pai.
Sua rotina era de uma monotonia triste. Saia para trabalhar às sete da manhã e voltava às cinco da tarde. Depois não colocava mais os pés na rua, só aguardava o próximo dia...
Numa noite, antes de dormir, fechou os olhos bem apertados e pediu a Deus para levá-lo. Ele não suportava mais aquela vida, queria fugir de si mesmo. Ficou alguns minutos de olhos fechados, imaginando coisas mil - um devaneio sonhador. Pegou no sono e sonhou com uma vida nova, onde era feliz, tinha uma família, sorrir era o pano-de-fundo.
Acordou assustado, teve raiva por ser só um sonho, tentou dormir novamente, impossível! A realidade o fez levantar e seguir para o trabalho. Era mais um dia como os outros, mais um infeliz dia...
A vida desse homem não chegou ao fim, ele não morreu, não arrumou uma nova família, não ganhou na mega-sena; nada disso, continuou esse repetitivo jogo do cotidiano. Enquanto você lê essas linhas, ele está em algumas dessas rotinas - e está só, vazio...
Mas ele nem imagina que do outro lado da cidade, sua filha de 18 anos reza toda noite para o pai, e pede a Deus que a dê forças para procurá-lo - a saudade é enorme. O encontro está próximo, será o dia mais feliz da vida desse homem, por isso, aquele pedido de morte não pôde ser atendido. O melhor estava por vir...
Essa história continua, mesmo sem sabermos onde irá parar. Esse homem conseguirá se reaproximar de sua família, mas quantos não têm essa oportunidade?
...
Quis fazer uma reflexão sobre as durezas que as pessoas passam na vida. Cada um tem sua cruz, mas há uma saída.
A correria doida que nos metemos no cotidiano nos tira a sanidade. Um reflexo disso pode ser toda essa violência acontecendo pela falta de equilíbrio emocional, pela falta de perspectiva de futuro.
Sei que sou só uma voz no barulho de infinitas vozes. Não alcançarei todas as pessoas - eu sei, mas não posso guardar para mim essa inquietação martirizante. Compartilhá-la já é uma forma de fazer refletir quem habita em meu mundo.
Numa noite, antes de dormir, fechou os olhos bem apertados e pediu a Deus para levá-lo. Ele não suportava mais aquela vida, queria fugir de si mesmo. Ficou alguns minutos de olhos fechados, imaginando coisas mil - um devaneio sonhador. Pegou no sono e sonhou com uma vida nova, onde era feliz, tinha uma família, sorrir era o pano-de-fundo.
Acordou assustado, teve raiva por ser só um sonho, tentou dormir novamente, impossível! A realidade o fez levantar e seguir para o trabalho. Era mais um dia como os outros, mais um infeliz dia...
A vida desse homem não chegou ao fim, ele não morreu, não arrumou uma nova família, não ganhou na mega-sena; nada disso, continuou esse repetitivo jogo do cotidiano. Enquanto você lê essas linhas, ele está em algumas dessas rotinas - e está só, vazio...
Mas ele nem imagina que do outro lado da cidade, sua filha de 18 anos reza toda noite para o pai, e pede a Deus que a dê forças para procurá-lo - a saudade é enorme. O encontro está próximo, será o dia mais feliz da vida desse homem, por isso, aquele pedido de morte não pôde ser atendido. O melhor estava por vir...
Essa história continua, mesmo sem sabermos onde irá parar. Esse homem conseguirá se reaproximar de sua família, mas quantos não têm essa oportunidade?
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Quis fazer uma reflexão sobre as durezas que as pessoas passam na vida. Cada um tem sua cruz, mas há uma saída.
A correria doida que nos metemos no cotidiano nos tira a sanidade. Um reflexo disso pode ser toda essa violência acontecendo pela falta de equilíbrio emocional, pela falta de perspectiva de futuro.
Sei que sou só uma voz no barulho de infinitas vozes. Não alcançarei todas as pessoas - eu sei, mas não posso guardar para mim essa inquietação martirizante. Compartilhá-la já é uma forma de fazer refletir quem habita em meu mundo.
14 comentários:
Vc pode ateh n alcançar todas as pessoas do mundo, mas me deixei alcançar pela sua inquietude.
Parabéns. Belo texto.
Muito bom o texto, parabéns!
http://dicasdevendas.wordpress.com
bom texto ;)
Você escreve muito bem, continue assim!
"Cada um tem sua cruz". Não sei bem porquê, mas essa frase sempre causou em mim uma angústia. Acho que é o fato de ter certeza de que, uma hora ou outra, teremos um fardo... Sabe-se lá...
Adorei o texto, viu?
Visite mais vezes!
Beeeeeeeeeeeeeeijo! *
Muito bom o texto, gostei do blog ^^
Muitas pessoa desejam a morte como uma forma de se livrar de suas cruzes comom vc mesmos escreveu.
Muitas chamam os suicidas de covarde, mas uma coisa é certa, é preciso muita coragem e desespero para tirar sua própria vida.
http://hdebarbamalfeita.blogspot.com/
Adorei o texto, com conteúdos muito complexo.
Oii, vou ser sincero, deu uma preguiça de ler! Rs..to meio ruim hj. :)
Votei nas enquetes!
O blog tah show, espiei tudo. Rs...
Parabéns pela organização e clareza!
Sucesso aí!
Abraçoos!
Pessoalmente, acho meio cansativo esses posts com continuação... Mas devo acrescentar que está bem escrito e o conteúdo é interessante.
Espero que o homem possa realmente desfrutar da felicidade de reencontrar a filha.
Rotina lembra pessoas normais
E pessoas normais são chatas
Mas há muitas pessoas normais
É inevitável.
No mais... pude ver que gosta muito de futebol, correto? Esse ano o campeonato tá bem mais interessante de se acompanhar.
=]
Thiago Assis,
www.thiagogaru.blogspot.com
Carlinhos, valeu pelos comments!
cara, já adicionei o seu blog na minha página
bora fazer uma parceria de links aí?
valeu!
abraço
marcelo
Bem intelecto teu blog.Gostei do texto.
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