Escrevo na primeira pessoa mesmo. Aqui escrevo “eu”, “eu acho” e desabafo de diversas formas o que eu percebo (sinto). Mesmo quando crio histórias, bolo idéias, surgem textos em minha mente - mesmo nesses momentos - estou exteriorizando o mundo e o significado desse mundo para mim.
Não me escondo em entrelinhas, não construo caminhos e caminho por outros, opostos. Procuro ser claro, mesmo sabendo que me enrolo em mim mesmo e nas palavras. Sou muitas vezes redundante, dou voltas e voltas na mesma idéia, que não cansa de martelar em minha mente. E disso - da redundância - me orgulho, pois é escrevendo por cima de palavras já escritas que o que eu acredito vai tatuando em minha alma, refletindo em meu texto.
Não me escondo em entrelinhas, não construo caminhos e caminho por outros, opostos. Procuro ser claro, mesmo sabendo que me enrolo em mim mesmo e nas palavras. Sou muitas vezes redundante, dou voltas e voltas na mesma idéia, que não cansa de martelar em minha mente. E disso - da redundância - me orgulho, pois é escrevendo por cima de palavras já escritas que o que eu acredito vai tatuando em minha alma, refletindo em meu texto.
Luto bravamente contra o preconceito, sabendo que esta luta é árdua e ainda tenho muito o que aprender. Bato o pé em tolices minhas - aos poucos tento melhorar.
Minto palavras, minto diálogos. Reconstruo a verdade, aproximo do que eu quero, não do que foi. Não me orgulho desse mentir-cara-lavada. Essa é uma outra luta que travo comigo mesmo: ser mais cristalino e verdadeiro.
Tenho orgulho, sinto ciúme, inveja e sou egoísta. Uns em dose maior, outros, levemente. Sou humanamente defeituoso, assim como você. Defeitos possuo aos montes, cada qual exteriorizado em determinado momento.
Tenho orgulho, sinto ciúme, inveja e sou egoísta. Uns em dose maior, outros, levemente. Sou humanamente defeituoso, assim como você. Defeitos possuo aos montes, cada qual exteriorizado em determinado momento.
De peito aberto recebo as duras pedras que a vida manda em minha direção. De umas eu desvio, mas, da maioria não. Elas machucam e deixam marcas; elas me sangram e me humilham. Quando as pego no chão, já paradas e sem função, tento não as atirar de volta (é difícil, mas eu tento!), mas sim, guardá-las como trunfos. No momento certo irei usá-las.
Vou construir um muro de proteção. Cada pedra atirada em mim formará este muro, que ficará todo marcado, será meu escudo. E, do outro lado, estarei vivendo feliz, fingindo não ouvir os barulhos das pedras se partindo. Forçarei um sorriso socialmente compartilhado. Cada um de nós andará na rua com seu muro a tiracolo, estalando pipocos de pedras que não mudarão nossa atitude. Não nos preocuparemos em saber o que ocorre do outro lado do muro. E dessa construção nos orgulharemos. Cada um nomeará o seu: Uns o chamarão de carro blindado, outros de cerca elétrica, outros de condomínio. O meu muro já tem nome, podem chamá-lo de hipocrisia. E o seu, como se chama?
16 comentários:
De peito aberto mesmo.. rsrs
Nos transformamos a cada dia .. mas tem certas horas que queremos revolucionar .. chega disso e daquilo .. oq tenho a te dizer .. boa sorte na construção do seu muro..
Abç.
As pedras que atirarem em você construirão teu muro. É verdade...eu costumo dizer que as feridas que deixam cicatrizes emocionais contribuem para fechar ainda mais sua alma/coração.
PS: Mto obrigado pelo link!
Abraço!
essa historia de "como voce." e que nao pode pegar bem... hehehehe...
eu nao sei.. nao sou mto empreendedor... acho que nao sou muito de construir muros... talvez seja porque eu vivo dentro de um mundo isolado e so meu.. algo como o fantastico mundo de bob... um pouco altista, mas esqueço (ou nao ligo) pras pedras que me tacam. e assim eu vou vivendo... que se danem os outros, que a gente consiga chegar a frente...
O meu muro se chama Las Azeitonas de Don Romero! :D
Ótimo post, muito útil esse muro...
parabéns pelo blog !
Bonito textooo.
é melhor se proteger, do q atacar. senão nos igualamos aos agressores.
Abraço
Muito bom o texto cara! Parabéns.
Muros que nos protegem do nosso próprio mal, haha
Obrigado pro postar no meu blog lá, valeu
abraços!
O meu muro se chama " Desencana que a vida engana "...
Beijos, ótimo post !!!
Bom texto! Vc tem perfil de escritor. Falou muito bem da hipocrisia. Os muros já não sei se realmente servem como defesa. Pra mim significam separação, isolamento. Não gosto de muros, mas gostei do seu texto.
Aguardo sua visita:
http://rascunhosdeandreavaz.blogspot.com/2008/10/minilaptops.html
Antes se reservar do que se igualar aos agressores mesmo.
Gostei do texto e como reflete nele.
passarei mais vezes por aqui.
abrç*
Adorei o texto, assim como adorei o blog.
Voltarei aqui mais vezes, com certeza.
Beijos
http://cogumelosverdes.blogspot.com
parabéns pelo post, vc deve ser jovem mas com uma boa maturidade, mas... certas horas não é bom de usar desse muro, porque ele pode se virar contra vc, e quando vc quiser sair dela estará preso, das pedras eu faria um rio onde as aguas passariam por elas,dando a liberdade de parar ou seguir adiante, uma escolha.bj
http://messnatural.blogspot.com/
Caramba!
Gostei muito do seu texto!
Introspectivo.Gostei.Lembro-me dos meus textos semelhantes mas que já estão amarelados pelo tempo.
Obrigada pela visita ao Gabarola
realmen te o "muro" é bom;
ótimo post
intiresno muito, obrigado
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