Estava aqui sem muitos afazeres e comecei a procurar umas músicas do Chico Buarque. Só que - até para variar um pouco - troquei a sonoridade das músicas pelas letras mudas, secas e poéticas. Isso mesmo, minha busca foi sem áudio, da forma mais simples e mais completa de se fazer poesia. Li algumas músicas sem tentar associar com suas melodias. E, para minha (ingênua) surpresa, pude constatar mais uma vez, quanto esse Chico Buarque é talentoso, certeiro, poeta.
Comecei com a músicas "O Velho", uma poesia que lá pelas tantas nos diz:
"O velho vai-se agora
Vai-se embora
Sem bagagem
Não sabe pra que veio
Foi passeio
Foi passagem".
Esse velho que de tanto ir-se indo, acabou partindo e deixando a poesia na voz de quem podia. Viva Chico! E mais, continuo em busca de outras dessas pérolas e encontro logo aqui a música "Linha de Montagem", onde o poeta brinca com os momentos de folga dos operários:
"As cabeças levantadas
Máquinas paradas
Dia de pescar
Pois quem toca o trem pra frente
Também de repente
Pode o trem parar".
E esse operário, descansado e pronto para a batalha do dia-a-dia também se fortalece na labuta, como em "Construção":
"Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina".
E, tijolo pós tijolo, Chico vai me encantando ainda mais, numa espécie de admiração edificante, principalmente quando cria poesias como em "Eu quero Um Samba":
"Essa moça tá decidida
A se pós, pós-modernizar
Ela só samba escondida
Que é pra ninguém reparar".
E essa moça, de brilho único e samba apaixonante não cansa de aparecer em suas músicas. Aqui e ali ela dá o ar da graça e nos faz encantar. É o caso de "Divina Dama":
"Tudo acabado e o baile encerrado
Atordoado fiquei
Eu dancei com você, divina dama
Com o coração queimando em chama".
Cansado, não; surpreso, sim. Mas agora, caros amigos, vocês me dão licença que preciso ouvir essas canções. Elas já falaram sem ser ouvidas, mas meu sentido mais curioso precisa ser presenteado. Vou-me ao encontro dessas músicas. Saio de cena das letras para ser presenteado pelo som. Convido-os a me acompanhar. Vamos?
Comecei com a músicas "O Velho", uma poesia que lá pelas tantas nos diz:
"O velho vai-se agora
Vai-se embora
Sem bagagem
Não sabe pra que veio
Foi passeio
Foi passagem".
Esse velho que de tanto ir-se indo, acabou partindo e deixando a poesia na voz de quem podia. Viva Chico! E mais, continuo em busca de outras dessas pérolas e encontro logo aqui a música "Linha de Montagem", onde o poeta brinca com os momentos de folga dos operários:
"As cabeças levantadas
Máquinas paradas
Dia de pescar
Pois quem toca o trem pra frente
Também de repente
Pode o trem parar".
E esse operário, descansado e pronto para a batalha do dia-a-dia também se fortalece na labuta, como em "Construção":
"Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina".
E, tijolo pós tijolo, Chico vai me encantando ainda mais, numa espécie de admiração edificante, principalmente quando cria poesias como em "Eu quero Um Samba":
"Essa moça tá decidida
A se pós, pós-modernizar
Ela só samba escondida
Que é pra ninguém reparar".
E essa moça, de brilho único e samba apaixonante não cansa de aparecer em suas músicas. Aqui e ali ela dá o ar da graça e nos faz encantar. É o caso de "Divina Dama":
"Tudo acabado e o baile encerrado
Atordoado fiquei
Eu dancei com você, divina dama
Com o coração queimando em chama".
Cansado, não; surpreso, sim. Mas agora, caros amigos, vocês me dão licença que preciso ouvir essas canções. Elas já falaram sem ser ouvidas, mas meu sentido mais curioso precisa ser presenteado. Vou-me ao encontro dessas músicas. Saio de cena das letras para ser presenteado pelo som. Convido-os a me acompanhar. Vamos?
4 comentários:
Ôi Carlinhos.
Tá sumido hein?
O problema do Chico é que ele lutou ferozmente contra a ditadura militar no Brasil e defende ferozmente a ditadura do sargento Fidel Castro.
Que pena. é muito desperdício de inteligência.
Um abraço.
www.terapiadecutuvelo.blogspot.com
Ôi Carlinhos.
Tá sumido hein?
O problema do Chico é que ele lutou ferozmente contra a ditadura militar no Brasil e defende ferozmente a ditadura do sargento Fidel Castro.
Que pena. é muito desperdício de inteligência.
Um abraço.
www.terapiadecutuvelo.blogspot.com
Grande Chico Buarque !!!!!!
vou ouvir umas músicas também :)
Divina Dama é uma música que ele canta, mas que na verdade foi escrita por uma pessoa que teve bem menos instrução do que o poderoso Chico Buarque: Cartola.
Quanto ao comentário do Rubem, política, desde que você não seja o político, é que nem religião, não adianta discutir. Comunistas serão comunistas até o fim, assim como flameguinstas serão flamenguistas até não poderem mais.
E o chico, esse chico é um grande poeta.
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