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quarta-feira, 3 de setembro de 2008

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Depois de ler o comentário do último texto, postado pelo meu tio Assis, resolvi voltar aqui.
Reli o texto “Jogo de palavras” e percebi que, de fato, estava faltando alguma coisa. Havia um vazio, como em toda pessoa sem amor. O “amor” não estava presente e sua falta foi sentida, não só pelo meu tio, mas por mim também, afinal de contas, num universo de palavras utilizadas para um jogo, como deixar de fora o “amor”?

Mas mantendo a mesma fórmula da brincadeira, tio e amigos leitores (se é que tem mais alguém lendo este blog?!), não posso colocar a palavra “amor” no centro do jogo. Não tem jeito! Não que eu seja um cara frio, desprovido de sentimentos, que não se apegue por nada, nem ninguém. Muito pelo contrário, a questão é que, com “amor” monopolizando todas as atenções, eu não teria coragem de tirá-lo dali. Ele ficaria eternamente no centro do tabuleiro, com cadeira cativa, dono do pedaço, recebendo todos os adjetivos possíveis que, mesmo assim, não seriam o suficiente para caracterizá-lo.

Mas, imaginando que eu tivesse a coragem de colocá-lo no centro de tudo, quem se habilitaria a utilizar seus próprios adjetivos? Para mim seria até fácil, percorreira família/pai/mãe/bi e parentes, passaria por amigos, pelo meu amor/amada/amanda/natália. Cada um com seu devido espaço, com seu momento e jeito de se demonstrar. Cada um completando minha forma de ver e de estar no mundo. Cada um tão importante para mim – apesar de muitos nem perceberem. Cada um, único (desculpe a redundância) e ao mesmo tempo todos me formando e sendo formados por mim; uma brincadeira (já está o “amor’ no centro do tabuleiro, alguém se arrisca a tirá-lo de lá?) na verdade, pois nessa construção de “amor”, se brinca de viver e se ensina a sonhar.

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