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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Castelo.

Na nossa vida temos várias formas de expressar o que pensamos. Alguns, cheios de talentos, desenham um mundo repleto de sonhos ou uma vida cheia de dificuldades. De qualquer maneira, através dos traços, eles falam o que pretendem dizer do mundo.
Eu, por outro lado, só sei me expressar através de palavras. Essas que vão saindo de forma voluntária e, muitas vezes, involuntariamente. Mas elas são minha arte, meu modo de ver, fotografar e reorganizar o mundo e meu interior. Ocorre que por algumas circunstâncias, as palavras se embaralham na minha cabeça, formam um caleidoscópio e parecem não dizer nada.
No entanto, por mais que me esforce em não concordar com o que vai sendo escrito, essas linhas me formam, vão me consumindo sem um final pré-definido.
Gostaria de ter o poder de desenhar as outras pessoas através de minhas palavras. Mas aí eu formaria diversas pessoas com um mesmo estilo. Cada um seria um retrato dos meus vícios e, por sua vez, cada um seria um retrato de mim mesmo. Isso não estaria correto. Seria um grande exercício de vaidade...

É, eu não seria capaz de fazer isso. Então, me imagino como um desenhista do mundo. Mesmo sem aptidão para desenhar, eu faria um castelo, daqueles medievais! A diferença é que construiria de areia, pois assim, poderia destruir e reconstruir quando não retratasse o verdadeiro mundo!

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