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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

O beijo na flor e a comunidade.

Como todos sabem, a Beija-Flor de Nilópolis foi a campeã do carnaval do Rio/2008. Mais uma vez a escola carioca brilhou no sambódromo e garantiu seu décimo segundo título. Em meio a toda comemoração da escola e de seus integrantes, ouvimos a todo momento que a comunidade de Nilópolis estava feliz, comemorando o resultado.

Aí fiquei me perguntando: Por que tanto se utiliza esse termo comunidade? Seria uma forma de falar, sem preconceitos, de um lugar formado por pessoas humildes?

De acordo com a definição do Wikipédia (http://www.wikipedia.org/), “comunidade poder ser entendida como um conjunto de seres vivos inter-relacionados que habita um mesmo lugar”.

Interessante, isso quer dizer que qualquer espaço determinado, onde exista relação entre indivíduos pode ser chamado de comunidade?! Então porque não ouvimos falar, por exemplo, na comunidade do Leblon, ou na comunidade de Copacabana, ou, numa esfera nacional, na comunidade do Planalto, em Brasília?
Bem, isso pode ser por normas e costumes em se denominar lugares distintos com termos diferentes.

Por alguma razão o termo “comunidade” é utilizado como sinônimo de periferia, favela; só que num sentido mais aceitável. Parece que dizer “favela” é uma afronta a quem vive nesses lugares. Por outro lado, dizer “comunidade” passa a idéia que naquele lugar há algum trabalho comunitário, que visa a melhoria do local e de seus habitantes. Com isso, podemos concluir, que a enxurrada do termo “comunidade” nos meios de comunicação - principalmente nas vozes de líderes de escola de samba como letristas, carnavalescos, presidentes de escola, etc. - está caracterizada a uma suposta interferência que essa escola faz na vida dos moradores que vivem ao seu redor. Seriam benefícios que empurrariam esse local (essa comunidade) para frente.

Esperamos que esses trabalhos realmente sejam feitos. E que sejam supervisionados pelas autoridades através dos moradores - os maiores interessados em melhorias na comunidade.

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